Hoje, celebrei com pessoas de base, gente de bairro bem popular da periferia da grande Goiânia. Entre uma maioria de católicos, havia umas dez pessoas de três outras Igrejas cristãs e todas pentecostais. O grupo pediu a essas pessoas que dessem a bênção à toda a assembléia reunida. Uma senhora disse: "que este ambiente de comunhão seja sem fim". Gostei de sentir em uma companheira de base esta paixão pela unidade e me senti com ela orando a oração de Jesus "que todos sejam um para que o mundo creia" (Jo 17). Todos comemos do mesmo pão abençoado e partilhado, mas ninguém chamou aquele gesto de eucaristia. O sacramento da unidade se tornou nas Igrejas expressão de divisão. Nem os pentecostais nem os católicos aceitariam celebrar juntos a ceia de Jesus, mas de fato, partilharam o pão como sinal de comunhão e desejo de uma unidade cada vez maior.