Amanhã, as comunidades cristãs populares fazem memória do martírio do padre João Bosco Penido Bournier que foi assassinado em São Félix do Araguaia (1976), quando na delegacia do lugar quis impedir um soldado de bater em uma prostituta. A partir da construção do Santuário dos Mártires em Ribeirão Bonito, onde o padre João Bosco era pároco, as comunidades tornaram o dia 11 de outubro, o dia da memória de todos os mártires da caminhada. E são tantos. Alguns deles eu conheci e com alguns como Jovino e Dorothy convivi e até dei aulas. A memória deles é importante para nos fortalecer na mesma caminhada de fé e de serviço ao povo. Há quem pense que o mundo e a Igreja mudaram e hoje não há mais lugar para esse testemunho de uma fé ligada à transformação social e à vida. Penso o contrário. Hoje, isso se torna mais urgente do que nunca. E me sinto feliz de pertencer a um grupo de cristãos e cristãs que continuam a aprofundar isso e não se cansam de proclamar: um novo mundo é possível, assim como um novo modo de viver a fé como amor e serviço aos outros.