Hoje faço memória de Etty Hillesun, uma moça judia holandesa (28 anos) que, no tempo da guerra, namorava um oficial alemão. Ao saber do destino dos judeus, rompeu o namoro e se entregou para ser presa com seu povo. No trem que a levava para Auswich, jogou para fora muitos cadernos do seu diário e este foi publicado posteriormente. Ela ja tinha morrido em um forno crematório. No diário, ela se revela uma das maiores místicas do século XX. Conversa com Deus como fala consigo mesma. E diz: "Se você não pode nos ajudar, somos nós que temos que ajudá-lo porque é você que corre perigo com nosso fim". Muitas vezes, sinto esse desafio: enquanto houver no mundo uma injustiça, uma iniquidade, é o próprio Deus como amor e providência que está ameaçado.