Hoje, a Igreja Católica faz memória de Sto Inácio de Antioquia. A tradição diz que ele foi discípulo de São João evangelista e bispo de Antioquia na Síria. No início do século II, já idoso, foi preso e levado em navio para Roma onde deveria ser executado, por causa de sua fé no Cristo. Nessa viagem, ele, como prisioneiro, parou em vários portos e por onde passava, confortava os cristãos e os animava na fé. Escreveu várias cartas que estão publicadas em português, sendo a mais bela e conhecida a carta aos cristãos de Roma, onde ele pede que não intercedam às autoridades para poupar a sua vida porque ele quer dar esse testemunho supremo em favor de Jesus. É toda uma teologia do martírio que não quer dizer "vontade de morrer", nem que Jesus quisesse que ele morresse, mas que, naquela conjuntura, ele pensava ser mais útil à fé dando esse testemunho.
"Quero ser inteiramente de Cristo. Para isso, como o trigo para se tornar pão tem de ser debulhado e triturado. O meu corpo deve ser assim triturado pelos dentes das feras (do Coliseu de Roma) para que eu me torne um pão puro do Cristo". Eu não concordo, hoje, com essa visão da fé de que damos testemunho quando morremos. Damos testemunho quando vivemos melhor e mais felizes, quando aprendemos mais a conviver. Mas, seja como for, é importante, seja para viver, seja para morrer, essa opção de totalidade na fé. É isso que peço hoje a Deus para mim e para vocês.