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Momento bíblico - segunda feira, 21 de novembro 2011

Hoje é o dia internacional da música, diz a Agenda Latino-americana. Não sei bem o que isso significa e quem promove este dia em homenagem à música. Sem dúvida, a música merece ser venerada como objeto de culto. Na Grécia antiga, era uma musa e a gente poderia até namorá-la. Hoje ainda, ela é um espírito que arrebata e encanta muita gente. Quem, por acaso, viu alguma vez algum show ou apresentação de Mercedes Sosa, sabe como a música pode possuir alguém e colocá-lo em êxtase. Pessoalmente, tenho pouco talento para música e sinto não ter desenvolvido um bom ouvido musical. Assim mesmo, a música me encanta como expressão da beleza divina. Não consigo acompanhar a música que a maioria dos jovens de hoje gosta - o rock pesado ou o reggae ou o rap ou sei lá outras das quais nem guardo o nome. Música para mim tem um encanto meio místico e por isso não pode ser nem banal nem se impor pelo barulho. Sou capaz de reconhecer a beleza de uma música clássica como "Cavalgada das valquírias" de Wagner, mas ela me lembrará sempre a cena do filme "Apocalipse Now", na qual, ao som dessa música, os soldados americanos jogavam napaln nas aldeias do Vietnan e um deles comentava: "Adoro esse cheiro de napaln" ou seja de carne humana queimando. Prefiro bem mais uma sonata ou uma fuga de Bach ou uma canção de Tom Jobin ou Vinícius. E ao falar do amor, me falam daquele é que é fonte e núcleo de todo amor.

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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