Ontem, meu amigo o padre Marco Campedegli participou da marcha pela paz entre Perúgia e Assis. Nesta ocasião fez uma palestra sobre o sentido da festa para a nossa fé. Sua intenção era a de nos ajudar a recuperar o verdadeiro sentido da festa que as sociedades modernas e pós-industriais perderam. De fato, nós temos espetáculos pagos e temos na política e mesmo nas religiões ritos e solenidades, mas a festa é mais do que isso. É a expressão de uma profunda alegria do coração vivida na amizade e na convivência. No Evangelho, várias vezes, Jesus compara o reino de Deus, o projeto divino no mundo, com uma festa de casamento que no seu tempo era a festa mais importante e durava muitos dias. Em uma das parábolas mais importantes que Jesus contou, um pai vê seu filho mais novo partir de casa para ganhar a vida e um dia vê que ele volta. Ao avistá-lo de longe vai ao seu encontro, veste-o com roupa festiva, manda os empregados prepararem uma festa e ao outro filho que não compreende isso, ele diz: "É preciso fazermos festa e nos alegrarmos porque este meu filho estava perdido e foi encontrado, estava morto e reviveu"
Este convite Deus faz hoje ainda a mim e a você para nos alegrarmos com ele pelo perdão que nos é dado e pela alegria de voltarmos ao convívio com Deus e uns com os outros.