Hoje, meditamos o texto do evangelho no qual Jesus expulsa os vendedores do templo (Lc 20). Muitos padres e pastores comentam o texto dizendo que os vendedores profanavam o espaço espiritual com coisas materiais (o comércio) e por isso Jesus os expulsou. Nada disso. No átrio do templo, vendiam-se animais para os sacrifícios. Tem algo mais sagrado do que isso? E os cambistas trocavam moedas estrangeiras que tinham imagens porque nenhuma imagem podia entrar no templo de Deus. Jesus passou toda a sua vida vendo isso. Naquele dia, ele fez um gesto profético. Expulsou os vendedores para e espalhou os animais para dizer que os sacrifícios de animais estão superados. Deus não os quer. Fazendo isso ele chegou a profetizar: podem destruir este templo e eu construirei outro não feito pela mão humana. E João diz que ele se referia ao templo do seu corpo ressuscitado. Paulo diz que o templo de Deus somos nós. Não precisava mais do templo de pedra. Hoje, penso que se Jesus pudesse, não largaria mais o chicote para expulsar novos mercadores das Igrejas e templos e dizer que o templo de Deus é a natureza, somos nós e a própria pessoa de Jesus.