Ontem, tive um bom encontro com Alaor Passos, sociólogo que foi do partido comunista e hoje é mestre espiritual especializado no método do eneagrama. O eneagrama é um meio que os orientais antigos inventaram para ajudar as pessoas a se conhecerem melhor e assim poderem trabalhar-se interiormente e progredirem sempre mais espiritualmente. Chama-se eneagrama porque eles vêem a humanidade como que dividida ou classificada em nove diferentes modos de ser ou nove tipos que se equilibram e se apoiam ou se contrapõem. É interessante porque muitas escolas ou tradições espirituais vêem essas diferenças. A astrologia fala em signos do horóscopo, o Candomblé fala em diferentes Orixás dos quais as pessoas são filhos ou filhas, a espiritualidade chinesa diz que cada pessoa é predominantemente madeira, ou metal ou água ou terra... E assim por diante. É como se a energia divina em nós nos respeitasse tanto que tomasse em nós a nossa forma própria de forma que é Deus em nós, mas se torna cada vez mais nós mesmos.
O que tiro de tudo isso é a responsabilidade que temos de procurar conhecer a nós mesmos cada vez mais, de me assumir como eu sou e tentar superar as tantas ilusões que temos sobre isso para poder receber melhor e viver essa graça divina em nós.