Hoje a Igreja Católica faz a memória de São Vicente de Paulo, um padre francês do século XVI e XVII que na França daquele tempo, tomou como decisão de vida consagrar-se ao serviço dos mais pobres e trabalhar para libertá´los da miséria. Ele chamava os pobres de "meus senhores, os pobres". Criou a congregação dos vicentinos/as para cuidar dos pobres. Era outro contexto social e político. Eles queriam ajudar os pobres sem perceber que para isso tinham de lutar contra o sistema que gerava a pobreza estrutural da sociedade. Hoje, vivemos o carisma de Vicente de Paulo engajando-nos nos movimentos sociais e lutando por outro mundo possível. É interessante que o texto do evangelho que as comunidades lêem neste dia (Lc 9, 51- 56, diz que Jesus sentiu que chegava o momento de ser arrebatado deste mundo para junto do Pai e decidiu com muita tenacidade dirigir-se a Jerusalém onde iria ser preso e ser morto. No caminho, quis hospedar-se em uma aldeia de samaritanos e não foi recebido (por ser judeu). Os discípulos Tiago e João propõem que Jesus castigue aquelas aldeias, mas ele os repreende e passa adiante. Vivamos hoje este espirito aberto e condescendente de Jesus no diálogo com quem quer dialogar conosco, mas também no respeito aos que não aceitam dialogar conosco.