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O hoje da história, hoje de Deus, hoje da gente.

Quis ver um filme aqui na Bélgica. Todo mundo está falando do Tim-Tim de Spielberg que ainda vai estrear no final deste mês. Acabei vendo um filme de um diretor belga francês que fez um filme chamado "Os artistas" sobre o cinema mudo. A cena se passa em 1927 e o filme é mudo e preto e branco como os filmes daquela época. Não podia imaginar que em 2011 alguém fizesse um filme longa metragem de 110 minutos sobre o cinema mudo e o fizesse mudo e em preto e branco. O filme é muito bem feito. Embora com nomes fictícios e como ficção, ele conta a história do ator real Douglas Fairbanks, Rodolfo Valentino e outros que não conseguiram sobreviver ao cinema falado. Mesmo Charles Chaplin  com seu Carlitos teve dificuldade de se adaptar ao cinema falado e seus grandes filmes são do tempo mudo. A gente segue o drama dos artistas em dever se adaptar ao gosto das platéias e, ao mesmo tempo, de viver sua verdade interior. Eu gostei de ver o filme que provavelmente não passará no Brasil, (acho que não o considerarão comercial) e saí pensando na dificuldade que nós todos temos de ir nos adaptando aos tempos novos e nos tornando sempre capazes de acolher o novo que existe no hoje da história. 

Marcelo Barros

Camaragibe, Pernambuco, Brazil

Sou monge beneditino, chamado a trabalhar pela unidade das Igrejas e das tradições religiosas. Adoro os movimentos populares e especialmente o MST. Gosto de escrever e de me comunicar.

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