“Ao ver que chegou sua hora de passar deste mundo ao Pai, Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, foi até o extremo do amor (até onde o amor pode ir)” (Jo 13, 1ss).
Então, na Quaresma, para cada cristão e cristã, o mais importante é retomar o caminho da conversão pessoal e ligar a Páscoa de Jesus com o assunto que a Igreja propõe como tema para o exercício da nossa solidariedade. Nesse ano de 2019, viveremos a Campanha da Fraternidade, sob o tema da Fraternidade e Políticas Públicas.
O grande desafio é que muitos (mesmo padres e bispos) não veem a Campanha da Fraternidade como algo essencial e central na celebração e vivência da Quaresma e Páscoa. Ainda dividem a dimensão religiosa (o culto e a oração) da sua expressão social e política (A Campanha da Fraternidade). É importante que ajudemos a superar isso e a mostrar que se não lutamos por um mundo novo possível, nosso testemunho de que Jesus ressuscitou se torna fraco e ineficaz.
Nessa Quaresma, o mais importante é retomar o caminho de uma vida centrada na Páscoa de Jesus, isso é, estarmos dispostos a sempre nos renovar tanto no modo de pensar, como no nosso modo de conviver. É importante que nossas celebrações sejam sinais e expressões desse esforço para sermos cada vez mais pessoas renovadas do jeito que Jesus ressuscitado recria no mundo. E nos unamos aos movimentos sociais e comunidades que trabalham para aprimorar políticas públicas que beneficiem a todos/todas.
No século IV, João Crisóstomo, bispo de Constantinopla, ensinava: “A Páscoa de Jesus vem fazer da vida da gente, mesmo no meio das lutas e das dores, uma festa permanente de esperança e comunhão”.