Roda de amizade: energia de fortalecimento
Nessa quinta-feira, 11 de setembro, às 19 horas, a Catedral da Ressurreição, sede principal da Igreja Episcopal Anglicana de Brasília, se enchia de gente. Era o lançamento de dois novos livros meus que os amigos e amigas de Brasília quiseram apresentar e por ocasião de uma roda de amizade. Ivo Poletto, amigo de mais de 40 anos com o qual trabalhei no Secretariado Nacional da Pastoral da Terra e Suely Bellato, querida amiga desde tempos em que juntos estávamos nos encontros do Concilio de Jovens (nos anos 70) foram os dois que prepararam tudo. E me surpreendi na hora H, ao ver chegar ali na Igreja (o encontro iria ser no salão ao lado, mas estava em reforma e não ficou pronto para a noite) mais de cem pessoas. No começo, Ivo pediu que se apresentassem os grupos ali representados. Contei pessoas de 11 diferentes grupos em um ambiente descontraído e de diálogo.
No começo, fizemos a apresentação do livro Diálogos com o Amor. Cantamos o Samba da Utopia de Jonathan Silva. Depois, Gilberto Carvalho leu um trecho do prefácio de Dom Tomás, apresentando a proposta do livro e usamos o salmo 8 do modo como o livro o trata como exemplo e oração inicial. Todos recitaram o salmo e a oração indígena que o conclui. Esse primeiro momento se encerrou com o cântico “Eu só peço a Deus”.
O segundo momento, dedicado a Labirintos começou com a música Olodumaré do Antônio Nóbrega e Ivo conduziu a entrevista comigo. Por que um monge escreve romances? Se de fato a história é ficção ou tem muito de mim, principalmente o personagem principal e que contribuição prenso esse livro pode trazer ao momento atual brasileiro. Respondi com o coração e como penso. O encontro terminou com a confraternização em redor de uma mesa com um bom pão, bons patês, um caldo quente e sucos.
A conversa geral era de que o encontro tinha sido excelente, todos/as se mostraram muito renovados e fortalecidos com o encontro e pediam que se fizessem mais rodas de amizade como aquela. Saí de lá pensando que não precisamos de lançar livros novos para juntar o pessoal e dar sinal de que estamos juntos e juntos resistimos à desesperança e à sensação de impotência que os descalabros cotidianos que vemos acontecer no Brasil de agora podem nos provocar. Como gosta de dizer o amigo Betto, “deixemos o pessimismo para tempos melhores”.
Quero retomar com vocês a bênção que, no final do encontro de ontem, a Reverenda Tatiane, deã da Catedral invocou sobre todos/as nós que estávamos presentes ali: “Que o amor de Deus nos uma, a alegria de Deus nos inspire, a paz de Deus nos envolva e a coragem de Deus nos sustente e a a bênção de Deus esteja conosco e nos acompanhe sempre. Amém”.