Hoje, o povo simples celebra a festa dos santos reis. No Brasil, a CNBB decidiu deslocar a festa da Epifania para o domingo mais próximo, o que, ao meu ver, no lugar de possibilitar mais a celebração da festa (seria esse o objetivo), ao contrário, colaborou para esvaziar. O domingo parece um domingo qualquer já que o povo não seguiu neste raciocínio e a própria Igreja latina na sua liturgia tirou da celebração da Epifania o caráter de solenidade que ela tinha antes da reforma litúrgica.
Neste ano, ainda temos o agravante da pandemia e da gripe que impedem as folias de saírem e algo dessa festa se perde. De todo modo, que, através da memória do conto simbólico dos magos que viajam seguindo a estrela, possamos reavivar nossa busca na noite da fé, possamos vislumbrar as estrelas que Deus nos dá para nos orientar na busca e nos alegrar por estarmos juntos nesse caminho macro-ecumênico.
Que possamos valorizar as epifanias – manifestações da humanidade de Deus – no dia a dia da nossa vida e hoje oferecer ao menino Jesus, nas pessoas que encontramos aquilo que o ouro, incenso e mirra simbolizam hoje: o reconhecimento da dignidade de todo ser humano, o cuidado que toda pessoa merece e a alegria porque Deus se manifesta com o rosto de cada um/uma que encontramos. Aleluia.