Nestes dias, em que a opinião pública é inundada por notícias e imagens do aniversário dos dez anos dos atentados que abalaram Nova York e os Estados Unidos, somos obrigados a voltar a pensar na tal guerra preventiva, inventada por Bush e seguida até hoje por Obama, a partir do pretexto do terrorismo. E o povo americano, em sua maioria, aceita esse terrorismo de estado e que o governo jogue fora de vez qualquer máscara de democracia e ética. Poucos norteamericanos refletem porque são tão odiados como país e que vírus existe na sua cultura cotidiana que facilitam fatos como os atentados às torres gêmeas. Penso em um filme que fez sucesso em 1969 e foi mesmo indicado à Palma de Ouro do Festival de Cannes.: Sem Destino, filme de Dennis Ropper. Ao rever em DVD este clássico do cinema, a gente viaja de novo com aqueles dois rapazes malucos e drogados do Oeste ao Leste dos EUA em busca de algo que eles mesmos não sabem bem o que é. Sabem que não querem mais aquela sociedade onde você não pode ser livre já que sempre pode ser vendido ou comprado, como diz um deles. E são rejeitados e trucidados por aquela sociedade, simplesmente por serem diferentes. Onde então está o germe do terrorismo se não em uma sociedade na qual cada cidadão tem ao menos uma arma e pode usá-la facilmente? Se queremos um mundo diferente, temos que ver mais claro e combinar juntos nosso destino. Precisamos reescrever o filme agora "Com destino certo": o da solidariedade e da libertação.