Hoje é o dia que a ONU consagra ao voluntariado: um dia para honrar as pessoas que fazem serviço voluntário e para incentivar que essa prática se amplie sempre mais. Talvez a gente não saiba, mas há países como Portugal, nos quais 73, 6% das estruturas de apoio social são de natureza voluntária, isto é, as pessoas que fazem o serviço não ganham salário para isso. Aqui em São Luis, descobri uma casa que uma pessoa de classe média pôs à disposição de um pequeno grupo de voluntárias que acolhem crianças que nasceram com o HIV (pegaram no útero da mãe) e cuidam delas de zero a 14 anos. Não tenho cifras nem estatísticas do voluntariado no mundo. No Brasil, sinto que ainda é tímido e abrange pouca gente. Talvez pela situação de carência da maioria do nosso povo, a cultura brasileira não ajuda a gente ao voluntariado, embora haja boas iniciativas. Muitos trabalhos pastorais com os índios, os lavradores e as comunidades populares são serviços voluntários. É muito importante que valorizemos isso e comecemos a nos perguntar: será que não poderíamos nos engajar em um serviço de amor aos outros, gratuito e desinteressado?